terça-feira, 2 de outubro de 2012

Teatro na IASD - Pode ou não? Eis a questão...


A fim de respondermos a estas questões, consideraremos, inicialmente, alguns antecedentes do uso de dramatizações na literatura bíblica e nos escritos da Sra. White. Procuraremos, então, identificar alguns princípios básicos que poderão nos ajudar a estabelecer parâmetros seguros sobre o assunto.

No Antigo Testamento

A liturgia do Antigo Testamento centralizava-se nos rituais simbólicos, primeiro, dos altares patriarcais; depois, do tabernáculo mosaico; e, por último, do tempo de Jerusalém. Esses serviços, ministrados por sacerdotes (cf. Êxo. 28 e 29; Lev. 8), constituíam uma prefiguração dramática da salvação que haveria de se concretizar através do sacrifício e do sacerdócio de Cristo. Animais representavam a Cristo; a imolação desses animais simbolizava a morte de Cristo; e o sangue deles prefigurava o sangue de Cristo. Também as festas de Israel eram marcadas por inúmeras dramatizações (ver Êxo. 12:1-27; Lev. 16 e 23). Ellen White denomina todo esse sistema centralizado no santuário de "o evangelho em figura".

Outro ato religioso dramático do Antigo Testamento era a cerimônia da circuncisão. Esse ato foi ordenado por Deus como um símbolo exterior do concerto entre Ele e Seu povo.
Em Números 21:4-9, Deus ordenou que Moisés preparasse e levantasse uma "serpente de bronze", como um símbolo de Cristo. Todos aqueles que olhassem com fé para aquela serpente, viveriam.

Dramatizações são encontradas também nos livros proféticos do Antigo Testamento. O próprio Deus usou recursos pictóricos para descrever realidades sócio-políticas e religiosas nas visões proféticas registradas em tais livros, como Ezequiel, Daniel e Zacarias. Por exemplo, no capítulo 2 do livro de Daniel, a Segunda Vinda de Cristo é representada pela grande pedra que feriu os pés da estátua. Já no capítulo 1 de Oséias, encontramos Deus ordenando que o próprio profeta (Oséias) dramatizasse a apostasia espiritual de Israel, casando-se com uma prostituta.
Portanto, o uso de recursos visuais (incluindo dramatizações) permeava o culto do Antigo Testamento. Tais recursos eram parte do serviço do santuário, da cerimônia da circuncisão e dos ensinos proféticos. Mas o emprego de tais recursos visuais não se limita apenas ao Antigo Testamento. 

No Novo Testamento

Os quatro Evangelhos apresentam inúmeras ocasiões em que Cristo usou ilustrações vívidas da Natureza e da vida diária para ensinar lições espirituais. Ele não apenas Se valeu do recurso didático das parábolas, mas até comparou-Se a Si mesmo com tais figuras como a água (João 4:10), o pão (6:41 e 48), a luz (8:12), a porta (10:9), o pastor (10:14) e a videira (15:1-5).

A própria cerimônia do Batismo é uma dramatização simbólica, instituída por Cristo para marcar o início de uma vida de consagração a Deus. Cristo não apenas submeteu-Se a essa cerimônia (Mat. 3:13-17), mas também ordenou que ela fosse ministrada a todos quantos aceitassem o evangelho (28:18-20).

Até mesmo Sua morte dramática sobre a cruz tinha propósitos didáticos. Ellen White declara que "a cruz é uma revelação, aos nossos sentidos embotados, da dor que o pecado, desde o seu início, acarretou ao coração de Deus". Ela acrescenta que "o Calvário aí está como um monumento do estupendo sacrifício exigido para expiar a transgressão da lei divina".

Esse evento dramático ocorreu sobre uma cruz com o objetivo de tocar os "nossos sentidos embotados". Ele é relembrado simbolicamente através da cerimônia da Santa Ceia (ver Mat. 26:17-30; João 13:1-20), que é, por sua vez, uma dramatização litúrgica ordenada por Cristo para ser repetida periodicamente por Seus seguidores (cf. João 13:13-17; I Cor. 11:23-26).

À semelhança de alguns livros proféticos do Antigo Testamento, o conteúdo do Apocalipse de João é caracterizado por dramatizações simbólicas, que descrevem pictoricamente o desenvolvimento do plano da salvação no contexto do grande conflito entre as forças do bem e os poderes do mal.

Por conseguinte, o Antigo e o Novo Testamentos estão permeados de dramatizações simbólicas. Especialmente o Batismo e a Santa Ceia são dramatizações do plano de salvação, instituídas pelo próprio Cristo como parte da liturgia de Sua igreja.

Nos Escritos de Ellen White

Analisando-se os escritos de Ellen White, percebe-se, por um lado, que ela: (1) endossa reiteradas vezes as dramatizações litúrgicas do Antigo Testamento (o cerimonial do santuário, etc.); (2) enaltece as dramatizações litúrgicas do Novo Testamento (o Batismo, o Lava-pés, a Santa Ceia, etc.); (3) engrandece o ritual sacerdotal de Cristo no Céu; (4) não criticou a dramatização a que assistiu na Escola Sabatina de Battle Creek, em 1888; (5) não condenou a encenação do Natal de 1888, em Battle Creek, mas simplesmente expressou sua aprovação aos pontos positivos do programa e sua desaprovação aos pontos negativos; e (6) não condenou o uso das bestas de Daniel e do Apocalipse como ilustrações evangelísticas.

Por outro lado, várias citações de Ellen White desaprovam o uso de qualquer tipo de exibicionismo teatral. Estariam essas citações condenando indistintamente todo tipo de dramatização? Eu creio que não, pois, se assim fosse, teríamos que eliminar até mesmo o Batismo e a Santa Ceia de nossas igrejas.

É interessante notarmos que as próprias citações de Ellen White que desaprovam o uso de exibições teatrais, identificam também as características negativas básicas que a levaram a se opor a tais exibições. Dentre essas características destacamos as seguintes: (1) afastam de Deus; (2) levam a perder de vista os interesses eternos; (3) alimentam o orgulho; (4) excitam a paixão; (5) glorificam o vício; (6) estimulam o sensualismo; e (7) depravam a imaginação.

Disto inferimos que dramatizações são aceitáveis, em contrapartida, quando: (1) aproximam de Deus; (2) chamam a atenção para os interesses eternos; (3) não alimentam o orgulho; (4) não excitam a paixão; (5) desaprovam o vício; (6) não estimulam o sensualismo; e (7) elevam a imaginação.

Na Igreja Adventista

Grupos de dramatização têm participado freqüentemente em vários programas de TV mantidos pela Igreja Adventista do Sétimo Dia, ao redor do mundo. Elencos especiais de dramatização foram necessários também para a produção dos filmes e/ou videocassetes Um em Vinte Mil (EUA), O Grande Conflito (Argentina), Heróis da Fé (Austrália), O Barquinho Azul (Brasil) e muitos outros. Evangelistas adventistas usam um número significativo de filmes em suas séries de conferências públicas.

Dramatizações fazem parte ainda da vida da grande maioria dos internatos mantidos pela denominação. Elas são usadas também em nível de igrejas locais, tanto em programas alusivos ao Dia das Mães e ao Natal, como nos departamentos infantis da Escola Sabatina.

Várias dessas dramatizações têm elevado espiritualmente tanto os apresentadores como aos que a elas assistem. Existem, no entanto, aqueles que pensam que os fins justificam os meios e que boas intenções são o único critério determinante para a aceitação de um determinado programa. Mas se restringíssemos os critérios apenas ao nível das intenções, certamente incorreríamos no grave erro de abrirmos as portas a todo e qualquer tipo de programação "culturalmente" aceitável.

Critérios básicos

Cuidadosa consideração deve ser dada, não apenas às intenções, mas também à própria natureza do programa, à escolha dos participantes, bem como ao tempo e local adequados tanto para o ensaio como para a apresentação da cena.

As dramatizações devem: (1) evitar o elemento jocoso e vulgar; (2) evitar o uso de fantoches (animais e árvores que falam, etc.); (3) ser bíblica e historicamente leais aos fatos, como estes realmente ocorreram; e, acima de tudo, (4) exaltar a Deus e Sua Palavra (e não os apresentadores da programação).

Já os apresentadores devem ser pessoas cuja vida espiritual e conduta estejam em plena conformidade com os princípios adventistas, e que estejam dispostos a acatar as orientações da liderança da congregação local e das organizações superiores da denominação. Prudente seria que todos os participantes de um elenco de dramatização fossem escolhidos bom base nas diretrizes sugeridas pelo Manual da Igreja Adventista do Sétimo Dia para a seleção dos "membros do coro da igreja".

A liderança da igreja, por sua vez, é responsável por prover orientações adequadas aos apresentadores de dramatizações. A ela compete exercer uma função equilibradora, para que as programações sejam um meio (e não um fim) de melhor glorificar a Deus e de mais efetivamente comunicar o evangelho ao mundo. Jamais deve permitir que dramatizações venham obliterar a centralidade da pregação da Palavra na liturgia adventista.

Conclusão

Portanto, dramatizações permeiam a liturgia tanto do Antigo como do Novo Testamentos. Ellen White, por sua vez, não condena todo tipo de dramatização, mas apenas as exibições teatrais que afastam de Deus, levam a perder de vista os interesses eternos, alimentam o orgulho, excitam a paixão, glorificam o vício, estimulam o sensualismo e depravam a imaginação.

Se alegarmos que toda e qualquer dramatização é inapropriada, teremos, conseqüentemente, de suspender: (1) o uso de filmes, que são o produto de dramatizações; (2) a maior parte das programações dos departamentos infantis da Escola Sabatina (colocar coroas na cabeça das crianças, cenas do Céu, etc.); (3) todas as "cantatas" e grande parte das apresentações musicais de nossas igrejas; e, até mesmo (4) a celebração das cerimônias do Batismo e da Santa Ceia.
Por outro lado, devemos ser cuidadosos tanto na avaliação da natureza do programa, como na escolha dos apresentadores e do tempo e do local dos ensaios e da apresentação. O uso adequado de dramatizações implica não meramente agirmos em conformidade com nossa própria consciência (sendo ela santificada), mas também com base nos princípios bíblicos e dos escritos de Ellen White. Toda cena deve glorificar a Deus e não aos apresentadores.

terça-feira, 31 de julho de 2012

Quem são os Desbravadores?


Meninos e meninas com idades entre 10 e 15 anos, de diferentes classes sociais, cor, ou religião. Reunem-se uma vez por semana para aprender a desenvolver talentos, habilidades, percepções e o gosto pela natureza.
Vibram com atividades ao ar livre. Gostam de acampamentos, caminhadas, escaladas, explorações nas matas e cavernas. Sabem cozinhar ao ar livre, fazendo fogo sem fósforo. Demonstramos habilidade com a disciplina através de ordem unida, e têm a criatividade despertada pelas artes manuais. Combatem, também, o uso do fumo, álcool e drogas.
Trabalham em equipe procurando sempre serem úteis à comunidade. Prestam, também, socorro em calamidades e participam ativamente de campanhas comunitárias para ajudar pessoas carentes. Em tudo o que fazem procuram desenvolver amor a Deus e à Pátria e, além disso, fazem muitos amigos!
O Clube de Desbravadores está presente em mais de 160 países, com 90.000 sedes e mais de dois milhões de participantes. Existem oficialmente desde 1950, como um programa oficial da Igreja Adventista do 7º Dia.
Meninos e meninas de qualquer fé religiosa podem participar conosco deste movimento que tira da diversidade, o colorido da energia juvenil.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Fogueiras e Cozinha ao Ar Livre


Fogueiras e Cozinha ao Ar Livre - K


1. Preparar cinco tipos diferentes de fogueiras, e saber o uso específico de cada uma.
Fogo do Conselho – utilizado para reuniões de meditação e instrução. Nunca faça comida nele!
Altar de Cozinha – Cozinhar. Fica no nível da cintura e é mais fácil de lidar com o cozido.
Fogo de Trincheira – Cozinhar. Fácil de fazer e não deixa vestígios. Bom para locais com muito vento.
Cercadura de Pedra – Cozinhar. Também para locais com muito vento.
Cama Rápida – Cozinhar. Prática e fácil de fazer, acompanhado de um fogo estrela ou indígena.
Fogo Estrela – Aquecer. Bom para quando falta madeira. Serve também para cozinhar se tiver suporte.
Fogo de Caçador – Cozinhar. Muito útil no apoio das panelas na hora de preparar o alimento.
Fogo Refletor – Aquecer. Utilizado em regiões com vento e frio. Pode-se cozinhar nele também.

2. Preparar madeira e gravetos com segurança.

3. Demonstrar as técnicas corretas de começar uma fogueira.
Construir a base de sustentação com troncos (como eucalipto), não utilize troncos podres que poderão cair, estes podem ser utilizadas para dar brasa para a fogueira. Os gravetos formarão a isca inicial. Não utilize folhas ou madeira verde, estas só servem para fazer fumaça (se você quiser fazer fumaça, muita fumaça, então pode usar).

4. Começar uma fogueira com um fósforo, e mantê-la acesa durante, pelo menos 10 minutos.
Para manter a fogueira acesa é necessário alimentá-la conforme a necessidade. Não basta colocar sempre pequenos gravetos, pois eles queimam rápido e não dão continuidade, servem apenas para iniciar o fogo. Alimento com combustível maior, para promover a brasa que ficará por várias horas acesa sem que seja necessário alimentar o fogo. Depois de se utilizar da fogueira, o melhor é jogar areia ou terra para apagar o fogo. Apague tudo e cubra com terra, não deixando vestígios.

5. Conhecer e praticar cinco regras de segurança.
Limpar bem o local onde irá acender, não deixar coisas próximas a fogueira que poderão espalhar o fogo (como álcool ou roupas), deixar algo próximo para que se possa apagar a fogueira em eventualidades (água ou areia), não brincar com o fogo, não pular a fogueira, apagar totalmente depois de usá-la, não acender em cima da grama, entre outras.

6. Demonstrar como cortar corretamente madeira para fogueira.

7. Demonstrar habilidade para começar uma fogueira em tempo chuvoso.
Este item pode parecer difícil e até impossível a primeira vista, mas a questão é muito simples. Pegue os gravetos e todos os utensílios e coloque abaixo de uma cobertura, feita com saco de lixo ou lona. Abaixo desta pequena cobertura, comece a raspar a lenha, de modo que fique seca. Depois de preparar toda a lenha, deixando-a seca e em condições, acenda o fogo com o fósforo.
Dica - Para manter os fósforos secos mesmo que sua mochila caia no rio, pingue em todas as cabeças dos fósforos gotas de vela antes de sair para a excursão, assim você não perde sua fonte de fogo. Faça o teste em casa!

8. Demonstrar habilidade para refogar, cozinhar, fritar, assar pão num espeto e assar em papel alumínio.


9. Conhecer um método de manter os alimentos gelados/frios enquanto estiver acampado, que não seja o uso de gelo.
Colocando num recipiente fechado e vedado, e mergulhando na água corrente do rio ou num balde com água. 

10. Conhecer maneiras de manter o alimento e utensílios a salvo de ataque de animais e insetos.
Colocar em recipientes fechados, no alto de árvores ou enterrados, de modo a não exalar cheiro e chamar a atenção dos animais.

11. Por que é importante manter limpos os utensílios usados para cozinhar e comer?
Para manter boa saúde e higiene, e não ajuntar bichos.

12. Demonstrar conhecimento da nutrição apropriada e combinação de alimentos, fazer um cardápio completo e balanceado para seis refeições de acampamento. Incluir o seguinte:
a. Um desjejum, almoço ou jantar para um dia de caminhada, no qual alimentação leve é importante. A refeição não deveria ser cozida, pois perde muito de seus valores nutritivos.
b. As cinco refeições restantes podem ser feitas com qualquer tipo de comida: alimentos enlatados, frescos, congelados ou desidratados.

13. Fazer uma lista dos suprimentos que serão necessários para preparar as seis refeições acima.


14. Saber como preparar os alimentos com segurança, dispor do lixo adequadamente, e lavar os utensílios.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Combate ou Apologia?

Essa é a edição do mês de Julho do livro Astonishing X-man. Os defensores dos direitos dos homossexuais estão confundindo combate à discriminação com apologia a um estilo de vida. Casamento gay numa história em quadrinhos para crianças e adolescente é doutrinação. E essa campanha está por todos os lados, fazendo com que os que têm opinião contrária (mesmo que a manifestem pacificamente) tenham negado seu direito de expressão. Tolerância para uns, intolerância crescente para outros. Detalhe: na capa, o oficiante do “casamento”, com um livro de capa preta nas mãos (a Bíblia?), é o Fera, cujo nome, em inglês, é Beast, ou besta. Coincidência?